O jogo foi realizado hoje, às tres horas. Só que eu não estava lá. "Matei" as duas últimas aulas. O medo foi maior que a razão... Talvez eu até seja suspenso por isso, mas não me importo. O que não podia acontecer, era eu ficar ali e me humilhar na frente do colégio inteiro.
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Eu nuca fui bom de bola. Primeiro, que
eu nunca gostei de futebol, e segundo, eu
era um verdadeiro "desastre" no meio do
campo! Daí a minha aversão toda ao es-
porte. A verdade é que eu tinha medo,
eu tinha muito medo da bola...
u
Hoje pela manhã, na aula de Educação Física, também houve futebol. O Lúcio dise que "não dava pé" continuar o jogo, pois a turma não colaborava... E disse mais:- disse que eu não estava fazendo nada por eles e nem pelo jogo. Aquilo me machucou muito, mas eu não senti nem um pouco de raiva dele. Afinal, o que ele disse não deixava de ser verdade, e eu sei que ele não leva a mal...
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A segunda aula foi vaga. Todos saíram da classe, até eu. Somente o Antonio Lúcio ficou lá sentado na carteira, escrevendo... Eu fiquei perambulando ao redor do colégio, e passei várias vezes na porta da minha classe. E toda vez que eu passava pela porta, pensava comigo mesmo: "O que será que o Lúcio anda escrevendo?"
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Sentei em minha carteira, e comecei a escrever também. Dali há pouco o Lúcio veio até mim, e me pediu para ler o que ele havia escrito (da maneira que eu via as palavras). Eram mais ou menos umas sete ou oito linhas escritas em forma de poema. Ele me disse que não eram se sua autoria, mas eu sei que eram. Puxa! Aquele cara é um gênio! Eu só queria lembrar de todos aqueles versos para trancrevê-los em meu diário.
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